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ANO III – nº 6– São Paulo, 03 de dezembro de 2008

ANO JUBILAR DA FAMÍLIA DOROTÉIA
DE SANTA PAULA FRASSINETTI

Celebrado de 1 de Março a 12 de Agosto de 2009

Gênova, Itália, 3 de março de 1809. Neste dia, nasce Paula Ângela Maria, terceira filha do casal João Batista Frassinetti e Ângela Viale. Mais quatro irmãos compõem a Família: José, Francisco, João e Rafael. Paula é batizada no mesmo dia de seu nascimento, na Igreja de Santo Estevão, sendo consagrada a Maria, no Santuário della Madonetta.
Aos nove anos de idade, com a morte da mãe, Paula assume, juntamente com uma tia, a responsabilidade pela casa paterna.
Dotada de inteligência aguçada, Paula é educada por seu pai e irmãos. Com eles, estuda em casa, demonstrando especial talento para a Filosofia e a Teologia, fato raro em moças, naquela época. Autodidata, Paula preserva, por toda a vida, uma forte intuição educativa, aliada a raro bom senso e criatividade.
O ambiente familiar apresenta forte influência masculina: João Batista Frassinetti incute, nos filhos, profundo sentido cristão de vida. Provavelmente, por essa razão, os quatro irmãos de Paula seguem a vocação eclesiástica. O mais velho, José, torna-se sacerdote de renome e funda a Congregação dos Filhos de Maria Imaculada.
Paula demonstra, desde pequena, imensa força de vontade para enfrentar desafios, superando sempre a timidez e os obstáculos que surgem. Aliando coragem e devotamento, revela um temperamento singular em que se equilibram a força e a ternura; a firmeza de caráter e a compreensão compassiva do Outro; a inteligência sofisticada e o gosto pelas coisas simples.
A região de Gênova, Quinto e arredores era especialmente consagrada a Maria.
Tal contexto imprime marcas indeléveis em Paula Frassinetti. Suas raízes estarão sempre sedimentadas na terra natal, sob as bênçãos de Maria.
Alguns fatos ocorridos, ao longo de sua vida, distinguem-na do comportamento habitual da maioria das pessoas. Ainda bem jovem, demonstra extraordinária coragem por ocasião de um terremoto em Gênova: mostra-se surpreendentemente calma e tranqüila, enquanto os demais, ao seu redor, são tomados por forte temor e natural ansiedade.
Em 1827, José, seu irmão mais velho, é nomeado pároco da aldeia de Quinto, nas proximidades de Gênova. O clima de Quinto, próximo ao mar, faria bem à saúde de Paula.
Sensibilizada pelas necessidades da população local, Paula apressa-se em fundar, com o auxílio do irmão, uma escola paroquial destinada a crianças pobres. Enquanto alfabetiza, ensina costura e bordado, além de desenvolver notável trabalho de evangelização. Paula não atua sozinha, mas envolve um grupo de moças que a auxiliam. Dentre elas, está Mariana Danero, amiga fiel, que a acompanha até o final de sua vida.
Com esse pequeno grupo, Paula Frassinetti funda uma comunidade religiosa, em 12 de agosto de 1834, dia consagrado a Santa Clara. A Congregação denomina-se, a princípio, Filhas de Santa Fé.
Nessa época, chega, em visita a Gênova, o Conde de Passi. Como sacerdote, vem implantando comunidades apostólicas chamadas Santa Dorotéia. Padre Passi encontra, em Quinto, as religiosas ideais para executar o projeto de sua instituição. Paula reconhece, no convite do Conde de Passi, um desígnio divino. A partir de então, o antigo Instituto das Filhas de Santa Fé passa a denominar-se Irmãs de Santa Dorotéia.
Apesar do trabalho incessante, a comunidade de Paula Frassinetti opta por viver em regime de austeridade e pobreza extrema. Nessa fase, o Senhor João Batista Frassinetti, discordando das condições de vida da filha e,movido pelos sentimentos de amor e proteção paternos, intervém, exigindo que Paula retorne à casa da família. As atividades das Irmãs de Santa Dorotéia são, assim, temporariamente suspensas.
Obediente aos desejos do pai, mas perseverante em sua vocação, Paula retoma tempos depois, e em melhores condições, seu trabalho. A obra das Irmãs de Santa Dorotéia cresce: são abertos, pelas religiosas, novos colégios. Iniciando em Gênova, logo chegam a Roma, com a Casa de Santo Onofre. Fundada em 1844, torna-se, mais tarde, a Casa Geral do Instituto.
Paula elabora então, de próprio punho, o Estatuto das Irmãs de Santa Dorotéia, à semelhança das religiosas francesas do Sagrado Coração. Inspira-se nas regras de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.
Estabelecida em Roma com seu Instituto, Paula recebe, pela primeira vez, a bênção papal, representando a aprovação e o estímulo para sua obra, concedida pelo Papa Gregório XVI.
A partir dessa Audiência Papal, inicia-se uma convivência estreita de Paula Frassinetti com os Santos Padres. De Gregório XVI, passando por Pio XI até Leão XIII, ela foi sempre agraciada com paternal apoio por parte dos sumos pontífices. Por várias vezes, é por eles visitada nas casas do Instituto. Do Vaticano, chegam-lhe delicados presentes. Até guloseimas são enviadas às alunas. Em 1848, inicia-se, na Itália, período de extrema convulsão política e social. São revoluções civis, invasão pelo exército francês e proclamação da República Italiana.
A instabilidade política se prolonga e atinge, de modo especial, os católicos, com a Lei da Supressão das Ordens e Congregações Religiosas.
Nesse período, Paula enfrenta, com a habitual firmeza, imensos desafios. Intensos bombardeios atingem a região, forçando a dispersão de algumas casas.
Suporta também infâmias e calúnias contra seu Instituto. Ao longo de sua vida, em várias circunstâncias, revela-se a têmpera vigorosa e a firmeza de caráter de Paula
Frassinetti, bem como sua inquebrantável confiança em Deus.
Diversas são as circunstâncias em que se comprovam os desígnios divinos, na vida de Paula Em 1835, quando a cólera grassa de forma devastadora e mortal, na Itália, Paula coloca-se, com suas irmãs, a serviço dos doentes. Nenhuma de suas irmãs ou alunas é atingida pelo mal.
Em 1839, a casa das Irmãs, em Rivarolo, é atingida por terrível tempestade, seguida de inundação. Paula parte em socorro das companheiras, em meio ao temporal. O condutor da carruagem, ao ver um dique romper-se às suas costas, após sua passagem, teve a certeza de que conduzia uma santa.
Em viagens marítimas de grande risco, as Dorotéias e João, irmão de Paula, percebem uma especial proteção dos Céus. Em 1848, em Gianícolo, nas proximidades do Vaticano, em meio a intenso tiroteio, o Colégio não é atingido. Fatos como esses contribuem para aumentar a confiança daqueles que se comprometem com os ideais apostólicos de Paula.
Muito cedo, a força de sua ação evangelizadora é reconhecida: novas casas se difundem na Itália. O vigor de seu trabalho ultrapassa, então, os limites iniciais e chega, em 1886, ao Brasil, com a fundação de Olinda; logo depois é a vez de Portugal. Daí por diante, a expansão do Instituto das Irmãs de Santa Dorotéia ocorre, incessantemente, ao redor do mundo, atingindo todos os continentes.
Em 11 de junho de 1882, aos 73 anos, Paula Frassinetti morre em Roma, sendo sepultada no Cemitério de São Lourenço. Em 1903, realiza-se a exumação de seu cadáver, medida usual para a transferência dos restos mortais para Santo Onofre. Seu corpo é encontrado em estado de perfeita conservação. Três anos depois é reaberta a urna funerária: o corpo de Paula continua incorruptível. O Vaticano exige provas materiais desse fato. Submete o cadáver a testes e ensaios químicos, inclusive submergindo-o em ácido.
Em 1906, o corpo intacto de Paula Frassinetti é transferido para a Capela da Casa Geral de Santo Onofre, em Roma. Desde então, lá se encontra, exposto à visitação pública em urna de cristal, doada pelas alunas brasileiras.
É farta a documentação que se reuniu para comprovação dos vários milagres obtidos por intercessão de Paula Frassinetti. Segue-se, a partir de 1891, um processo no Vaticano para o reconhecimento de sua santidade. Em 8 de junho de 1930, é beatificada, e reconhecida como santa pela Igreja, em 11 de março de 1984.

Fonte:http://www.santadoroteia.com.br/santapaula/


Oração para o Ano Jubilar da
Família Dorotéia de Santa Paula Frassinetti.

Neste Ano Jubilar,nós te agradecemos, ó Deus,
a nossa fundadora, Paula Frassinetti,
mulher de fé audaz na busca apaixonada
de tua vontade para construir o Reino.

Nós te agradecemos, ó Deus, a simplicidade de Santa Paula,
que passou pela Terra em bicos de pés, e que,
pela “via do coração e do amor” educou com suavidade e firmeza.

Nós te agradecemos, ó Deus todas as nossas Irmãs
e todos os que transmitiram e mantiveram vivo, até hoje,
o espírito de Santa Paula.

Nós te agradecemos, ó Deus, a força do carisma de Paula
que suscitou em tantos corações entusiasmo e adesão para formar
conosco a grande família doroteia que hoje somos.

Nós te agrademos ainda, ó Deus, todas as pessoas que
deixaram rasto de vida em nós e nos convidam a dar e receber,
ontem, hoje e sempre.
Amém.
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